Maioria dos vereadores votaram pela cassação de Moisés Marques
Sessão extraordinária durou 4h25 e terminou com 15 votos a favor da cassação e 3 contrários
A Câmara Municipal de Rio Claro (SP) realizou nesta quarta-feira (29) a votação do pedido de cassação do vereador Moisés Marques (PL). A maioria dos parlamentares votou a favor da cassação, totalizando 15 votos.
Os vereadores que votaram pela cassação foram: Serginho Carnevale (PSD), Julinho Lopes (Progressistas), José Pereira (PSD), Eric Tatu (PSD), Rafael Andreeta (Republicanos), Paulo Guedes (Progressistas), Pr. Diego Gonzalez (PSD), Claudino Galego (Progressistas), Ananias do Espetinho (MDB), Emílio Cerri (Podemos), Hernani Leonhardt (MDB), Elias Custódio (PSD), Adriano La Torre (Progressistas), Sivaldo Faísca (PL) e Fernando do Nordeste (PSD).
A sessão foi marcada por intensos debates entre os parlamentares e manifestações de apoiadores e contrários à cassação.
O vereador Moisés Marques, que teve o mandato cassado após a votação, afirmou que irá recorrer da decisão, por intermédio de seu advogado Dr. Marcelo Diniz. O caso ganhou grande repercussão política na cidade e segue gerando discussões nas redes sociais.
A Câmara Municipal de Rio Claro realizou na noite desta quarta-feira (29) uma sessão extraordinária que se estendeu por 4 horas e 25 minutos e resultou na cassação do mandato do vereador Moisés Marques (PL), o mais votado nas eleições de 2024, com 3.508 votos.
O resultado final foi 15 votos favoráveis, três contrários e um impedido de votar, o próprio parlamentar
A sessão teve início às 17h30 e analisou o relatório final da Comissão Processante 02/2025, instaurada após denúncia apresentada por Luisa Ceriani. Ela acusa o vereador de ter entrado no quarto de sua mãe, internada na UPA do Cervezão, sem autorização, e feito gravações da paciente.
O relatório, de autoria do vereador Adriano La Torre (PP), foi aprovado por unanimidade em audiência pública realizada no último dia 23. O documento concluiu que há “provas suficientes que comprovam a quebra de decoro e conduta incompatível com a dignidade do cargo”. O parecer recebeu apoio do presidente da comissão, Hernani Leonhardt (MDB), e do membro Rafael Andreeta (Republicanos).
Durante o processo, Moisés Marques negou as acusações, alegando ser vítima de perseguição política por causa de sua atuação na fiscalização da saúde pública.
“Nunca expus pacientes. O vídeo em questão foi gravado pela própria denunciante, e não por mim”, afirmou o vereador em depoimento à comissão.
Com a decisão, Marques perde o mandato parlamentar e deverá ser substituído pelo suplente da coligação. A sessão, acompanhada por grande público e marcada por momentos de tensão, entra para a história política do município.
Esta foi a segunda cassação de vereador nesta legislatura. Em julho, o plenário também aprovou o relatório da Comissão Processante 01/2025, que resultou na cassação do vereador Dalberto Christofoletti (PSD), acusado de desvio de recursos da Secretaria Municipal da Cultura.
Com o novo resultado, Rio Claro vive uma situação inédita, com dois vereadores cassados em um intervalo de pouco mais de três meses.
PL de Rio Claro emitiu comunicado
“Conforme destacado logo após o acolhimento da denúncia, pela Câmara Municipal de Rio Claro, por suposta quebra de decoro parlamentar, a Comissão Executiva do PL de Rio Claro reafirma o posicionamento de que o filiado Moisés Menezes Marques limitou-se à realização do trabalho de fiscalização típico do exercício da atividade parlamentar.
Acreditamos, portanto, que a cassação do mandato do vereador envolveu mais do que os alegados excessos cometidos durante suas diuturnas visitas às UPAs. Tratou-se, na verdade, de uma ação política para tentar impedir a exposição de falhas e carências que ele apontava frequentemente nos serviços de saúde.
Reiteramos que o PL, enquanto agremiação partidária, continua firme na oposição ao atual governo do Município, sempre na defesa dos legítimos interesses da população.”
Comissão Executiva do PL de Rio Claro


